Instituto Pensar - Bolsonaro faz mudanças na Abin e aumenta poder de Ramagem

Bolsonaro faz mudanças na Abin e aumenta poder de Ramagem

por: Eduardo Pinheiro 


Nova formatação da Abin aumenta o número de cargos comissionados e cria um órgão chamado de Centro de Inteligência Nacional

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Na última sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que altera a organização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), aumenta o número de cargos comissionados e cria um órgão chamado de Centro de Inteligência Nacional.

Segundo reportagem do Valor, a nova formatação da Abin é vista como uma resposta ao "recado” dado por Bolsonaro durante a reunião ministerial de 22 de abril, quando ele reclamou da falta de informações de serviços de inteligência.

De acordo com o decreto, o Centro de Inteligência Nacional terá como função "planejar” e "executar” ações de inteligência voltadas ao "enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade”; assessorar os órgãos competentes em ações e políticas de segurança pública e à identificação de "ameaças decorrentes de atividades criminosas”; e planejar e implementar a "produção de inteligência corrente e a coleta estruturada de dados”. O centro vai unir todos os órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).

Além disso, deverá "realizar pesquisas de segurança para credenciamento e análise de integridade corporativa”. Medida que deve evitar situações como a indicação de Carlos Alberto Decotelli para o Ministério da Educação, que não assumiu efetivamente a pasta devido à descoberta de informações falsas em seu currículo acadêmico.

Mais poder a Ramagem

A primeira grande mudança no coração do sistema de inteligência brasileiro durante a gestão Bolsonaro irá conceder maior poder de investigação ao diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem. Amigo da família do presidente, Ramagem ganhou notoriedade ao ser impedido de assumir a Polícia Federal pelo ministro Alexandre de Moraes.

Essa nova formatação da Abin é vista como uma resposta ao "recado” dado por Bolsonaro durante a reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, o presidente disse que não poderia ser "surpreendido com notícias” e que o seu sistema "particular” de informação funcionava, diferentemente dos canais oficiais.

Com informações do Valor



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